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Nesta quarta-feira às 16h acontece mesa-redonda com a artista no Museu Histórico de Santa Catarina (Palácio Cruz e Sousa).
A visitação à exposição vai, como dito no título desta nota, até o dia 30 de agosto.
Entrada franca
Uma curiosidade: Clara Fernandes é autora da arte do encarte e da capa do CD Dois Mundos, lançado este ano, do Quarteto Rio Vermelho, cujo show com Alegre Corrêa acabei de divulgar há pouquinho. Dessas coincidências significativas que não dá pra deixar de notar, já que até então pensei que não conhecia o trabalho da Clara Fernandes, até que deu um clic daqueles que nem se deve tentar explicar.
Reproduzo texto de autoria da curadora, Kamilla Nunes, enviado por ela:
A artista Clara Fernandes faz instalações de grandes dimensões flutuarem através de anteparos invisíveis, infiltrados pelo espaço urbano, a fim de provocar questionamentos tanto sobre a história do local onde são inseridas, quanto sobre a relação ramificada do pensamento plástico que se replica para além do espaço e, neste caso, para aquém da literatura de Cruz e Sousa e Virgílio Várzea, no que tange seus passeios pela antiga Desterro.
A mostra LUME inscreve-se em sofisticados idílios visuais, cujas formas imutáveis lembram redes de pesca, teias de aranha e demais emaranhados calculados e luminosos ou, refratores de luminosidade. Duas das obras expostas são penetráveis, digo, acolhem o corpo do mero espectador. A série de três manuscritos realizados em intervalos de tempo de 10 anos: 1989, 1999 e 2009, instalados como duplos de sombras, foram construídos no tear, com metal e polyester. Se Manuel de Barros inventa brinquedo com palavras e faz coisas desúteis, Clara Fernandes inventa palavras com tramas e silêncio, partituras e desejos.
Ela -Clara Fernandes- diz: O princípio deste conjunto de ações se deu pela observação de alguns espaços públicos e ambientes naturais e seus amplos interespaços vazios que envolvem pessoas e as idéias que nelas fazem circular. Pensei então em construir anteparos de grandes dimensões que fizessem os pontos de ligação entre os diversos momentos da circulação e funcionassem como um “filtro das idéias” que movimentam o espaço.
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